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A urinálise é um exame simples e não invasivo de grande importância para avaliar a função do trato urinário e outros distúrbios sistêmicos. Por ser o resultado do metabolismo do organismo, a urina é capaz de responder perguntas importantes e avaliar condições endócrinas, hepáticas, cardíacas e ósseas.
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Para a obtenção de resultados confiáveis, é essencial que a coleta seja feita de acordo com todas as boas práticas e que as amostras sejam armazenadas de maneira correta.
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MÉTODOS DE COLETA
A coleta de urina para análise pode ser feita através de três métodos:
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Micção espontânea ou natural: consiste em coletar a urina no momento em que o animal estiver urinando com a ajuda de um tubo coletor universal estéril. Importante desprezar o primeiro jato de urina nesses casos.
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As vantagens desse método são não gerar estresse para o animal e ter baixo custo. Por outro lado, há maior risco de contaminação e, portanto, não é o ideal quando o objetivo é avaliar cistite.
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Sondagem ou cateterização uretral: introdução de uma sonda pela uretra do paciente até a bexiga para aspiração da urina com esterilização prévia.
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As vantagens desse método incluem a facilidade de ser realizado em cães machos e o fato de ser um bom método de coleta para avaliar a presença de cristais. No entanto, é difícil de ser realizado em fêmeas e gatos e há risco de contaminação; logo, não é o ideal em casos de suspeita de cistite
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Cistocentese: puncionar a urina diretamente da bexiga com agulha e seringa e com auxílio de um equipamento de ultrassom.
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A vantagem é que esse método é asséptico e, portanto, excelente para avaliar cistite e realizar cultivo microbiano – além de ser rápido e eficiente. Entretanto, necessita obrigatoriamente do ultrassom e é incômodo e invasivo
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CUIDADOS COM AS AMOSTRAS ANTES DA ANÁLISE
– Utilizar sempre amostras de urina frescas (com menos de 2h), recipientes limpos e secos e fazer homogeneização do conteúdo corretamente antes de iniciar os testes.
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– Não expor as amostras de urina à luz solar, pois isso induz a oxidação da bilirrubina e do urobilinogêneo e, portanto, leva a resultados artificialmente mais baixos para esses dois parâmetros.
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– Caso não seja possível processar imediatamente a amostra, manter sob refrigeração em até no máximo 8 horas.
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– Identificar a amostra com os dados do paciente.
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– Informar na requisição o método de coleta e se for necessário tratamento com antibiótico, fluidoterapia ou para desidratação.
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CUIDADOS COM AS AMOSTRAS DURANTE A ANÁLISE
– Não tocar as almofadas de reação das tiras de reagentes com as mãos; elas devem se manter limpas para evitar contaminação.
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– Colocar a tampa imediatamente após retirar a tira de reagente da embalagem.
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– As tiras reagentes, quando expostas ao ar úmido por mais de 5 minutos, podem levar à imprecisão dos resultados. Nunca utilizar tiras reagentes vencidas, deterioradas, descoloridas ou enegrecidas.
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– Não adicionar conservantes à urina e evitar a contaminação por produtos químicos voláteis.
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– A tira teste não pode ser reutilizada e deve ser descartada como lixo hospitalar.
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– As fitas devem ser armazenadas entre 2ºC e 30ºC, evitando umidade, luz solar direta ou calor e não podem ser retiradas da embalagem original. Após abertas, as tiras continuam estáveis por 3 meses.
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– Caso o volume da amostra não seja suficiente para mergulhar a tira completamente, deve-se utilizar o método de gotejamento.
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