FONTE: Vycma Laboratórios

__

__

Morbillivirus é um gênero de vírus da família Paramyxoviridae, também conhecido como vírus da cinomose. Patologia de perfil multissistêmico e altamente contagiosa entre cães, a cinomose não é transmitida a gatos e não é considerada uma zoonose. Quando não tratada adequadamente, pode deixar sequelas graves ou mesmo levar à morte. O sucesso do tratamento depende do sistema acometido pelo vírus, da idade e imunocompetência do paciente e da agilidade na busca por atendimento médico.

__

__

TRANSMISSÃO

Ocorre principalmente através das vias respiratórias, pela exposição ao ar contaminado ou contato com a secreção e demais fluídos de animais doentes. Um cão infectado elimina o vírus pela urina, fezes, saliva e secreções (nasal e ocular) até 90 dias após a exposição ao micro-organismo.

__

Outro vetor são os fômites, como casinhas, cobertores e alimentos contaminados.

__

Os mais contaminados são filhotes, normalmente entre os três e os seis meses, devido à ausência de vacinas e à fragilidade de seu sistema imunológico causado pela perda de anticorpos maternos após o desmame. Isso também se aplica a animais idosos ou debilitados em função de outra doença.

__

__

SINTOMAS

O período de incubação do vírus varia de 3 a 15 dias, sendo que os primeiros sintomas aparecem após uma ou duas semanas da contaminação. Em geral, seu desenvolvimento ocorre em quatro estágios e cada um deles se manifesta com sintomas distintos:

__

Fase respiratória: se manifesta em tosse seca ou com secreção, pneumonia, dispneia, secreções oculares e pirexia.

__

Fase gastrintestinal: êmese, hiporexia, tenesmo e dor abdominal.

__

Fase neurológica: com a piora do quadro clínico, o paciente passa a apresentar paralisia, nistagmo, ataxia, convulsão e mioclonia.

__

Fase cutânea: no estágio final, pode-se observar pústulas abdominais, espessamento nos coxins e no focinho, conjuntivite e lesões na retina.

__

__

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é realizado por meio da combinação de sinais clínicos, epidemiologia e exames laboratoriais. Destes, as amostras coletadas podem ser de conjuntiva ocular, nasal, líquor, sangue, sedimento urinário, epitélios respiratórios e cutâneos.

__

As análises realizadas incluem imunocromatográficos, detecção de antígenos, detecção de anticorpos IgM ou IgC e reação em cadeia da polimerase (PCR).

__

__

PREVENÇÃO

A melhor maneira de evitar o contágio é protegendo o cão por meio da das vacinas múltiplas ou polivalentes, como V8, V10 e V11. O protocolo de vacinação fica a critério do médico veterinário, pois ele é capaz de avaliar o histórico do filhote, se a mãe é vacinada e se o desafio ambiental é significante.

__

Além disso, deve-se evitar que ele tenha contato com cachorros não vacinados e ambientes ou objetos que possam estar contaminados. Oferecer uma alimentação de boa qualidade e fazer consultas de rotina ao médico veterinário também garantem qualidade de vida e saúde ao cão.

__

A cinomose é uma doença séria que costuma desenvolver quadros graves e, por isso, deve-se procurar atendimento imediato aos primeiros sintomas sugestivos da doença. Quanto antes ela for identificada e tratada, maiores serão as chances de cura.

__

__

TRATAMENTO

A cinomose pode ser curada, embora até o momento não apresente protocolo terapêutico antiviral estabelecido. Sendo assim, os animais enfermos são submetidos a tratamentos de suporte e sintomáticos, com objetivo de evitar o desenvolvimento de outras infecções que podem surgir em decorrência da doença.

__

O clínico veterinário pode recomendar a internação para reposição de eletrólitos, fluidoterapia, aplicação de medicação endovenosa e nebulização.

__

Dentre as classes de medicamentos que podem ser utilizadas encontram-se: antibióticos, antieméticos, anticonvulsivantes, mucolíticos, soros hiperimunes, anti-inflamatórios, imunoestimulantes, suplementos vitamínicos e pomadas ou cremes para a pele.

__

Além disso, é importante pontuar que o vírus é sensível ao ambiente e, portanto, sua higienização com desinfetantes é deve ser feita a fim de evitar o contágio por outros pets

__

O tempo de vida do cão infectado pode variar a depender da gravidade dos sintomas, podendo causar o óbito em poucos dias. Por outro lado, animais que se recuperam desenvolvem imunidade duradoura contra a doença e vivem por muitos anos.

__

__

Ficou interessado(a) em saber mais? Continue acompanhando nosso portal e nos siga nas redes sociais.