FONTE: Vycma Laboratórios
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Microfilária (plural microfilariae, às vezes abreviado mf) é a fase larvar de desenvolvimento dos filarídeos no sangue ou linfa dos organismos parasitados e nos tecidos do organismo vetor da família Onchocercidae; e é a causadora da dirofilariose (também conhecida como “doença do verme do coração”). Os parasitas machos adultos possuem 120 a 200 mm de comprimento e 0,7 a 0,9 mm de diâmetro, e as fêmeas adultas medem 250 a 310 mm de comprimento e 1 a 1,3 mm de diâmetro e são vivíparas. As mf medem 298 µm de comprimento e 7,3 µm de largura e possuem a extremidade anterior ovalada e a posterior reta.
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CICLO DE VIDA
Esse nematoide é absorvido por vetores artrópodes – em geral, mosquitos dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles – que se alimentam de sangue (os “hospedeiros intermediários”), e se desenvolvem em larvas.
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Quando adulto, vive nos tecidos, no sistema circulatório ou nas cavidades orgânicas dos vertebrados (os “hospedeiros definitivos”). As fêmeas incubam os ovos no útero e liberam larvas no sangue circulante do vertebrado contaminado, as quais são ingeridas pelo artrópode durante o repasto sanguíneo.
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No interior do mosquito as microfilárias se desenvolvem, sendo, então, depositadas na pele do animal pelos mosquitos durante novo repasto. As larvas penetram a pele do novo hospedeiro e, após vários meses de migração e maturação, alcançam as artérias pulmonares.
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Cada picada pode transmitir de 10 a 12 microfilárias. O período pré-patente varia de seis a oito meses. Levam, em média, 90 dias para chegar ao coração e mais três meses para maturação sexual, dando origem a novas microfilárias. Os adultos podem viver por vários anos no cão, e a microfilária pode sobreviver por, no máximo, dois anos e meio.
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SINTOMAS
Nos cães e gatos, os sinais clínicos podem estar ausentes nos estágios iniciais da doença.
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Em casos sintomáticos, os sinais mais comuns são tosse crônica, falta de ar e intolerância a exercícios.
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Os casos mais graves podem apresentar ascite, congestão aguda de rins e fígado, hemoglobinúria e morte entre 24 e 72h.
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DIAGNÓSTICO
Por amostras de sangue e/ou fragmento de pele para identificação microscópica e/ou molecular.
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O diagnóstico usando a circulação periférica é possível entre seis e oito meses após a infecção, no período pré-patente.
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PREVENÇÃO
As principais formas de prevenção e controle são contra os hospedeiros intermediários, podendo ser realizadas no animal e no ambiente – como impedir a reprodução dos mosquitos evitando deixar água parada no ambiente e reduzindo o acumulo de matéria orgânica em rios e córregos.
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Para as pulgas: fechar frestas no piso e paredes, evitar o uso de tapetes e carpetes ou limpa-los semanalmente e usar produtos à base de deltametrina para controle de ambientes externos, principalmente com muita areia.
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Para os carrapatos: as substâncias mais eficientes são os organofosforados (não recomendados para felinos), porém eles não impedem que o inseto entre em contato com o cão, apenas o matam após consumir o sangue do animal.
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Para os mosquitos: uso de repelentes à base de piretróides.
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TRATAMENTO
O paciente deve ser mantido em baias para restringir ao máximo os exercícios, e receber oxigenoterapia.
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O uso de broncodilatadores, vasodilatadores, antitussígenos, diuréticos e antibióticos também pode ser recomendado pelo veterinário.
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Endectocidas e anti-histamínicos devem ser adotados com máxima cautela, pois podem levar ao tromboembolismo pulmonar pela morte dos filarídeos adultos presentes no coração.
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