Demodex canis

FONTE: Vycma Laboratórios

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Demodex é um gênero de ácaros parasitas microscópicos que vivem nos folículos pilosos dos mamíferos. São conhecidas cerca de 65 espécies de ácaros demodex – entre elas, duas espécies que vivem nos humanos (Demodex folliculorum e Demodex brevis, ambos frequentemente chamados de “ácaros dos cílios”); duas que vivem nos gatos (Demodex cati e Demodex gatoi) e o Demodex canis, que vive no cão doméstico. O comprimento total do corpo do Demodex canis varia de 310 a 430 μm. O aumento desse ácaro na pele dos animais pode levar ao desenvolvimento da sarna demodécica.

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TRANSMISSÃO

O Demodex é um residente comum na pele saudável dos cães e sua transmissão ocorre da mãe para os filhotes por contato direto nos dois ou três primeiros dias de vida.

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Enquanto o sistema imunológico do pet estiver funcionando bem, o parasita permanece inócuo. No entanto, caso este sistema esteja imaturo ou fragilizado de alguma forma, a população de ácaros cresce exponencialmente, e as lesões da sarna demodécica aparecem.

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Por causa disso, esta doença é mais comum em filhotes entre 12 e 18 meses, fase da vida em que os anticorpos herdados da mãe já não estão mais tão presentes, mas o animal ainda está desenvolvendo sistema imunológico próprio.

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Existem, ainda, alguns fatores predisponentes para a manifestação da sarna demodécica – tais como estresse, desnutrição, traumatismo, cio, parto, lactação, parasitismo, vacinas e doenças. Ela também pode ser decorrente de imunossupressão por doenças como diabetes mellitus, alergias e doenças hepáticas. A administração de drogas imunossupressoras também pode predispor à doença.

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Além disso, o parasita pode ser transmitido entre adultos por confinamento estreito com um cão contaminado, porém, nesses casos, a doença progressiva não ocorre e as lesões que aparecem se curam espontaneamente. No entanto, convém investigar a presença de alguma doença mais séria, como tumores e alterações hormonais, pois estes podem estar comprometendo as defesas do organismo do cão.

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A doença não é transmitida para humanos e, portanto, não é considerada uma zoonose.

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SINTOMAS

A sarna demodécica é classificada em duas formas clínicas: localizada e generalizada.

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A forma localizada geralmente ocorre em cães com menos de um ano e se manifesta na face do animal, com as lesões em áreas delimitadas e de aparência similar à de uma micose.

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A forma generalizada, por outro lado, acomete grandes áreas do corpo do animal – em geral, nos mais velhos –, e é considerada a forma avançada da doença.

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A alopecia generalizada é o único sintoma na fase inicial da doença. Posteriormente, pode ocorrer descamação, pele áspera em tons acinzentados, inchaço, formação de crostas, tamponamento folicular, mau cheiro e vermelhidão.

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Em geral, não há coceira, apenas em casos de infecção bacteriana. Entretanto, esta patologia precisa ser corretamente diagnosticada, pois há outras doenças de pele que apresentam sintomas semelhantes.

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DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é obtido através da raspagem da pele do cão com uma lâmina, retirando os ácaros que ficam na base do pelo, e posterior observação no microscópio para identifica-los.

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Embora os parasitas sejam comuns na pele dos animais, em cães saudáveis estão em número muito reduzido. Portanto, a combinação da presença de lesões com a identificação do Demodex canis ao microscópio é suficiente.

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Em cães de algumas raças, como o sharpei, as características da pele impedem a localização dos ácaros apenas com esse método. Nesses casos, a busca deve ser feita por biópsia.

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PREVENÇÃO

A única forma de prevenir é manter os cuidados do cão em dia. Vermifugos, vacinas e antiparasitas ajudam a prevenir algumas doenças que podem prejudicar o sistema imunológico. É preciso também evitar situações que podem deixar o cão estressado.

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No caso dos filhotes, ainda não é possível apontar uma forma precisa de prevenção. Por essa razão, é importante que o tutor fique atento a quaisquer alterações de pele em seus pets.

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TRATAMENTO

O tratamento das manifestações é geralmente baseado em produtos de uso tópico como, pomadas, sprays, loções e xampus. Dependendo do acometimento do animal pode também ser prescrito o uso de medicamentos por via oral.

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Em cães adultos, o tratamento deve se basear nas causas primárias que afetam sua imunidade. Com isso, o tratamento é feito visando controlar a multiplicação dos ácaros para evitar o aparecimento dos sintomas.

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Eventualmente, a população pode voltar a crescer, causando uma nova infestação e, por isso, se diz que o cachorro com sarna demodécica apresenta “cura clínica”; ou seja, a doença se estabiliza, mas não tem cura.

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