FONTE: Vycma Laboratórios
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Cystoisospora, anteriormente conhecido como Isospora, é um parasita microscópico que causa uma infecção do trato intestinal em cães conhecida como “coccidiose”. As espécies que podem infectar cães são Cystoisospora canis, Cystoisospora ohioensis, Cystoisospora neorivolta e Cystoisospora burrowsi. Os oocistos do C. canis são maiores em comparação aos outros três e estruturalmente diferentes, o que facilita sua identificação. Os oocistos de C. ohioensis, C. burrowsi e C. neorivolta são semelhantes entre si, de modo que necessitam de um exame mais aprofundado para serem identificados.
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TRANSMISSÃO
Esses parasitas podem infectar o intestino delgado, baço, fígado e linfonodos mesentéricos (localizados nas paredes dos intestinos); e são disseminados por via orofecal.
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Os hospedeiros intermediários podem ser insetos e roedores, mas não ocorre qualquer desenvolvimento dos parasitas nesses animais – eles permanecem dormentes até serem ingeridos por um hospedeiro definitivo.
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A infecção do hospedeiro definitivo ocorre através da ingestão de oocistos esporulados que podem ser encontrados no ambiente e em hospedeiros paratênicos. Os sinais clínicos associados ao Cystoisospora canis são mais graves quando os oocistos ingeridos são esporulados quando em comparação aos sem esporulação.
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As espécies de protozoários que mais acometem os cães não são de caráter zoonótico, embora possam infectar os contactantes da mesma espécie. Existem, no entanto, algumas espécies que podem contaminar cães, gatos e humanos (ou seja, não são específicas de só um hospedeiro), porém essas espécies são mais raras nos animais domésticos.
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SINTOMAS
A coccidiose em cães pode causar fezes pastosas com presença de muco, hematoquesia, êmese, anemia, dor abdominal, desidratação, apatia, prostração e fraqueza. Quando não tratada corretamente, pode levar o paciente a óbito.
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No entanto, nem todos os cães infectados pelo protozoário apresentam manifestações clínicas. Geralmente, animais fortes e saudáveis podem apresentar-se de maneira assintomática.
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Filhotes, animais idosos ou imunossuprimidos, costumam apresentar sintomas mais evidentes da doença, que pode evoluir para sua forma mais perigosa quando não tratada adequadamente.
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DIAGNÓSTICO
Os sintomas são comuns a muitas doenças, como giárdia, cinomose e parvovirose. Para chegar ao diagnóstico definitivo, é necessária a realização de exame coproparasitológico, a fim de visualizar o oocisto microscopicamente.
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A distinção entre as espécies de Cystoisospora é realizada através de PCR. Este método também pode ser utilizado para obter o diagnóstico de coccidiose, embora o exame parasitológico tenha uma boa acurácia.
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O período pré-patente da coccidiose varia entre 9 e 11 dias.
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PREVENÇÃO
Os oocistos são resistentes à maioria dos produtos de limpeza e podem viver por longos períodos de tempo. Para neutralizá-los, é necessário fazer uso de produtos de limpeza que contenham amônia, limpeza a vapor ou higienização com água fervente.
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Além disso, uma fonte de água potável e de boa procedência associada à vermifugação do paciente podem ser determinantes para evitar a doença.
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Por fim, devido à importância de hospedeiros paratênicos, como baratas, o controle de insetos no ambiente é fundamental.
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TRATAMENTO
O tratamento varia de acordo com a intensidade da doença, mas, geralmente, inclui o uso de antiparasitários, realização de desinfecção ambiental e medicamentos para alívio dos sintomas. Caso o tratamento não seja realizado da maneira correta, o paciente pode apresentar lesões na mucosa intestinal, levando à diarreia crônica.
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Os antibióticos e antiparasitários podem diminuir a presença dos parasitas e restaurar a saúde do cão.
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Além disso, é essencial desinfetar bem o ambiente, pois esta doença se propaga através de cistos que sobrevivem por muito tempo no meio.
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